1966 - 2020
Semeou humanidade, empatia e amizade nas vidas dos milhares de jovens que passaram por sua sala de aula.
Desde cedo ela aprendeu que era preciso ter pulso firme e obstinação se quisesse atingir seus objetivos. E foi com muita garra e coragem que alcançou um lugar ao sol. Maria de Lurdes era uma lutadora.
Lurdinha, como era conhecida, era gentil e sensível; sabia se colocar no lugar do outro e estava sempre disponível para ajudar quem necessitasse. Era boa ouvinte e solidária, e acolhia a todos com seu jeito simples e palavras encorajadoras.
Lurdinha era professora de Filosofia, das boas, e dedicou a vida à educação de jovens, às causas sociais e à fé: participava da comunidade católica da cidade de Guaíba, e era conhecida como a "tia" dos grupos de jovens da paróquia onde atuava.
Nos últimos anos, Maria de Lurdes foi acometida por uma síndrome degenerativa, e a partir de então pôde receber de volta todo o amor que distribuíra aos amigos, familiares e alunos ao longo da vida. É o que conta o amigo Léo, que recorda a primeira vez que a encontrou, ainda no Ensino Médio; os momentos bons e as dificuldades que viveram, até perderem o contato.
Mas a distância não fez diminuir em Léo o sentimento de amor e de afeto por Lurdinha. A professora foi um exemplo de ser humano. As lições de amor e fé que deixou não serão esquecidas.
Maria nasceu em Tapes (RS) e faleceu em Porto Alegre (RS), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo amigo de Maria, Léo Pinheiro Rodrigues. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Rosa Osana, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 15 de agosto de 2021.