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Maria Helena Pamplona de Lima

1945 - 2020

Era a bondade em forma de gente, distribuía presentes e sorrisos a todos.

“Com um coração enorme, ajudava financeiramente quem quer que fosse, que estivesse de alguma forma vinculada a ela”, descreve sua sobrinha Fernanda, a generosidade de Maria Helena.

Sempre pensava na irmã e nos sobrinhos, os quais, em especial os mais próximos, tratava como filhos. Maria Helena dizia: “você sabe que eu sou sua segunda mãe, né?”, relembra Fernanda. Além de cuidar, ela também gostava de se sentir cuidada. “Distribuía presentes e sorrisos para todos que ela achava que se importavam com ela”.

A sobrinha ainda conta: “O que ela mais gostava era de sair de carro com o motorista para ir aos lugares de sempre, como a casa da irmã Liza, minha mãe, tomar um cafezinho em algum lugar, padaria, doceria, comprar bombons de licor de cereja e comprar um presentinho para alguém”. Esse era o seu programa favorito.

O seu sonho era recuperar-se da dificuldade para andar e voltar a passear como antes. Fernanda lembra da viagem que fizeram para o litoral do estado de São Paulo: “Uma vez, estávamos em Ubatuba e ela estava com uma bolsa nova. Fomos a uma festa junina, ela apoiou a bolsa em uma cadeira, apareceu um cachorro e fez xixi na bolsa. Nunca rimos tanto como nesse dia”.

Maria Helena partiu, mas sua generosidade e alegria permanecem nos corações daqueles que sua bondade tocou.

Maria nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Maria, Fernanda de Lima Visconti. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Rosimeire Seixas, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 25 de setembro de 2020.