Mario Bertolai Neto

1950 - 2021

Tinha orgulho do sobrenome italiano. Em suas raízes, o temperamento forte e todo o legado de seus descendentes.

Na sua passagem pela vida, Mario construiu muitas memórias e conquistou pessoas que foram essenciais na sua história. Teve vários apelidos, entre eles: Lula ─ advindo da época que trabalhou como metalúrgico ─, pantera e Skinão, este último lhe foi auferido no tempo em que trabalhou num bar de mesmo nome.

Nasceu no sítio e amava a vida do campo, porém, após se casar com Inês, mudou-se ainda jovem para a cidade em busca de melhores condições de vida. Nunca deixou de visitar a terra natal a fim de rever os familiares queridos que ali permaneceram.

Foi um grande marido, esteve ao lado de Inês na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e, após a partida da companheira de todas as horas, buscou suprir a falta da mãe na vida dos filhos: passou a ser pai e mãe. Buscou também tornar-se um homem melhor fazendo-se presente na vida das pessoas e aproveitando a vida ao máximo. Foi um exemplo de pai e amado pelos nove netos. O mais novo, inclusive, carrega seu nome como lembrança da grandiosidade do avô.

Chegou a concretizar alguns sonhos como conhecer a praia e visitar o estádio do Morumbi, na capital paulista, para assistir a um jogo do seu amado tricolor.

Amava um bom vinho e uma cervejinha gelada. Sempre tomava uns goles para ver o São Paulo jogar ou para assistir o Cururu ─ uma dança folclórica regional originária de São Paulo que também pode ser somente cantada, onde dois violeiros participam com disputa de versos e repentes. Algumas vezes ele até se arriscava a cantar.

Mário foi um ser de luz, cuja bondade e simplicidade deixam mais que saudades. Ficaram ensinamentos sobre família, empatia e lealdade. Por isso e por infinitas coisas não ditas (mas sentidas), ele será sempre lembrado!