1956 - 2021
Seus pulinhos ao receber presentes enchiam o ambiente de alegria.
Ma, era a forma simplificada e carinhosa de chamar a mãe, filha, irmã, tia e avó. Uma pessoa alegre, guerreira e de fé inabalável.
Religiosamente, todos os dias na hora da Ave Maria, Marlene rezava. Não se esquecia de ninguém em suas preces e sempre agradecia a Deus por todas as bênçãos.
Os pulinhos de alegria, um costume seu ao ser presenteada, fez parte da alegria de quatro gerações durante as festas de família. O jeito durão lhe rendeu o apelido de "Sargentão", mas seu coração era doce e capaz de tudo pela família.
Com muitos amigos na Vila Missionária ─ zona sul da capital paulista ─, deixou uma marca em diversas pessoas do bairro. Aí passou grande parte da vida e foi onde criou os filhos Viviane e Wagner enquanto enfrentava todas as durezas que a vida lhe impunha.
Marlene germinou em cada filho a religiosidade e o respeito ao próximo, fazendo deles pessoas do bem e incrivelmente guerreiras.
"Sua missão foi concluída com louvor. Ela deixará saudades em todas as pessoas que tiveram a oportunidade de conhecê-la", afirma o sobrinho Rodrigo.
Marlene nasceu em Porto Firme (MG) e faleceu em São Paulo (SP), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo sobrinho de Marlene, Rodrigo Martins Folter. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Acácia Montagnolli e moderado por Lígia Franzin em 6 de abril de 2021.