1952 - 2020
Todos os dias ela reservava um tempo para pegar sol, olhar o céu e ouvir os pássaros.
“Minha mãe era uma mulher extraordinária”, já vai avisando a filha Verônica.
Poucos sabem, mas quando Verônica tinha 10 anos, a mãe foi desenganada por um médico após uma cirurgia para retirada do rim. “O médico deu a ela um mês de vida. Isso foi há 34 anos”, conta a filha.
Seguindo a agenda da hemodiálise e nutrindo-se de alegria e positivismo - suas marcas - Marlene já pensava em sua festa de 70 anos quando foi surpreendida pelo coronavírus.
Ela sempre foi muito trabalhadora, quase uma guerreira!
Trabalhando como diarista, criou os filhos: Verônica, Antônio e Hélio, suas grandes paixões.
Marlene adorava plantas e animais. Ela só fazia o bem, queria agradar as pessoas e estava sempre com um sorriso no rosto.
Se pudesse dizer suas últimas palavras para a mãe, Verônica diria: “Mãe, tenho um orgulho enorme de você, guerreira!”
Marlene nasceu em Itaperuna (RJ) e faleceu em Rio das Ostras (RJ), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Marlene, Verônica Soares Marques. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ticiana Werneck, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 12 de janeiro de 2021.