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Maximiliano Sarmento Artioli

1974 - 2021

Gostava de descansar na rede, nos fundos de casa. Era seu canto preferido.

Sua trajetória de vida era movida pelo amor ao próximo. Possuía uma disposição sem medidas para ajudar a quem quer que fosse, com uma empatia além do comum. Max era uma grande alma — dessas que pensam primeiro nos outros e só depois em si mesmo.

Ele era a risada contagiante dos churrascos com a família e com os amigos, e sabia animar uma festa como ninguém. Protetor, garantia cuidado e bem-estar para todos aqueles que amava. E como amava... viveu uma história de amor daquelas de filme. Foi o primeiro namorado de Patrícia, ainda na adolescência, e esse amor permaneceu forte e verdadeiro durante todos os anos seguintes. Foram trinta anos de união: três de namoro, quatro de noivado, e mais de vinte e três anos de casamento. Um amor renovado diariamente, através dos constantes gestos de carinho.

Mecânico aeroviário, Max trabalhou durante vinte e três anos na mesma empresa, dedicado e apaixonado pela sua profissão. Nas horas vagas, ajudava a esposa em projetos da EMEF Professora Nancy Ferreira Pansera, onde ela é professora. Lá, foi coordenador do programa Escola Aberta, sempre desempenhando um papel muito próximo das crianças, de forma totalmente voluntária. E elas o amavam.

Para melhorar o dia só mesmo um jogo do Internacional, time que conquistara seu coração. Sua partida deixa um vazio inquietante, a rede vazia, os amigos sem os apelidos que ele costumava dar, sem o entrevero que era a sua especialidade na cozinha... e o Internacional perde um torcedor fanático!

Max era um bom amigo, profissional acima da média, esposo amoroso e companheiro para todas as horas. Acima de tudo, era um ótimo filho. Poucos dias após seu falecimento, sua mãe, Fátima Beatriz Sarmento Artioli, foi ao seu encontro. Mais uma vida levada pela Covid-19.

Max deixa saudade, e deixa principalmente o exemplo de uma vida muito bem vivida. Quem o conheceu entende o significado de amar sem esperar nada em troca. Ele leva consigo o grande mérito de ser lembrado com carinho e admiração pelos seus atos, e lembrá-lo sempre fará surgir um sorriso no rosto diante da recordação de tantos momentos de alegria proporcionados por ele.

Maximiliano nasceu em Porto Alegre (RS) e faleceu em São Leopoldo (RS), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Maximiliano, Patricia Vieira Artioli. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Tainara Braga Pietrobelli, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 13 de janeiro de 2022.