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Milton Barbosa de Oliveira

1947 - 2020

Um avô que tornou a infância dos netos uma grande aventura, e a vida dos filhos um enorme aprendizado.

"Homem de poucas palavras, que poderia fazer sorrir só com o olhar", assim a filha Natália e a neta Eduarda iniciam a homenagem ao senhor Milton.

Ele trazia paz quando chegava e, consequentemente, um sorriso involuntário no rosto de quem estivesse por perto.

Milton tinha cinco filhos: Marcos, Marcelo, Natália, Daniel e Leidiana, e sete netos: Eduarda, Miguel, Samuel, Pedro, Júlia, Heitor e Ester. Com eles, viveu as maiores aventuras e trapalhadas da vida.

Um dia, era o general de uma grande bagunça, no outro, liderava expedições pelas florestas dos mais divertidos jardins e parques ecológicos. Em outra brincadeira, guiava os netos para banhos de mangueira improvisados que geravam a maior farra. "Impossível esquecer das tardes de brincadeiras, dos cuidados e carícias dadas desde os primeiros momentos aos seus netos", conta Natália.

Era muito ativo e tinha disposição para tudo. Colaborador da Associação Coletiva da Juventude, sempre ajudava em reformas e afins.

Com seu jeito faceiro de andar, e sua forma de falar e cuidar, era um pai e avô profundamente amado. Para a família, a maior dor é o receio de que ele se sentisse sozinho em seus últimos momentos, logo ele, que nunca os deixava sós.

Apaixonado por feijão e farinha, o senhor Milton também gostava de passar horas sentindo o vento em uma cadeira na porta de casa.

Eduarda diz que ele era o "veizinho" da família e mal consegue descrever a relevante figura de carinho que representava em sua vida.

A filha destaca que a saudade nunca irá embora, mas a família, de crença cristã, sente conforto quando pensa que o "vovô Milton" está descansando ao lado de Deus. "Depois de tanto lutar contra diversas doenças, e vencer, dessa vez, o Senhor decidiu que ele merecia descanso. Será eternamente amado, mas não ficaremos tristes, pois as memórias dos momentos de carinho prevalecerão em nossos corações", encerra Natália.

Milton nasceu em Jacinto (MG) e faleceu em Belo Horizonte (MG), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Milton, Eduarda dos Santos Barbosa. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Júlia de Lima, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de outubro de 2020.