INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Contagem (MG)

Eraldo José Fontes, 61 anos

Gostava de compor poemas e músicas. Adorava presentear e fez da sua vida uma entrega à família.

Fabrício Manoel Torres Silva, 39 anos

Um nerd antenado que adorava um churrasco.

Giovanni Ferreira Gonçalves, 48 anos

Todos os dias fazia um cafezinho bem gostoso pra esposa, e entregava na xícara preferida dela.

José Geraldo de Souza, 54 anos

No fim do dia ele esperava a esposa chegar do trabalho com um café fresquinho, passado na hora.

José Geraldo Trevenzoli, 63 anos

De memória impecável, conversava com todos contando suas histórias e fazia rir com sua risada contagiante.

Jose Nilton da Silva, 53 anos

Mesmo sozinho, ele já era uma festa; na companhia dos netos e amigos, ele era o próprio espetáculo.

Jovelina Maria Campos, 86 anos

Encher a casa com os filhos, netos e bisnetos em torno da mesa farta era o seu ideal de felicidade.

Lincooln Augusto Amorim, 49 anos

Era um menino grande que acreditava que sua alegria o faria imune a todos os perigos, que viveria para sempre.

Maria da Conceição Vieira Ferreira, 80 anos

Sempre alegre e com um coração acolhedor, dona Branca tinha o divino dom de ser mãe.

Marilza Aparecida Fontes, 52 anos

Uma pessoa introvertida e um pouco carente. Sonhadora, amorosa com os sobrinhos: os filhos de coração.

Mércia Pacheco de Castro, 55 anos

Mércia gostava era de muito brilho, muitas cores, muito samba; seu coração era um eterno Carnaval.

Narci da Conceição Magela, 68 anos

Uma mulher de fé, para quem a família estava em primeiro lugar. Depois vinham as plantas e a música caipira.

Rafael Lopes Martins da Rocha, 61 anos

Com seu jeito amoroso e alegre, assobiava alto para acordar os netos e poder brincar com eles.

Raimunda Silvano Ramiro, 91 anos

Quem a visitava sempre levava deliciosos quitutes para casa.

Thais Fernanda dos Santos Gama, 30 anos

Dirigia para esquecer os problemas, cantando músicas no último volume.

Valto Batista Pereira, 61 anos

Apreciava tomar e servir capuccino; fosse inverno ou verão, ele oferecia e servia a bebida para todos em sua casa.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa