Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Gostava de compor poemas e músicas. Adorava presentear e fez da sua vida uma entrega à família.
Um nerd antenado que adorava um churrasco.
Todos os dias fazia um cafezinho bem gostoso pra esposa, e entregava na xícara preferida dela.
No fim do dia ele esperava a esposa chegar do trabalho com um café fresquinho, passado na hora.
De memória impecável, conversava com todos contando suas histórias e fazia rir com sua risada contagiante.
Mesmo sozinho, ele já era uma festa; na companhia dos netos e amigos, ele era o próprio espetáculo.
Encher a casa com os filhos, netos e bisnetos em torno da mesa farta era o seu ideal de felicidade.
Era um menino grande que acreditava que sua alegria o faria imune a todos os perigos, que viveria para sempre.
Sempre alegre e com um coração acolhedor, dona Branca tinha o divino dom de ser mãe.
Uma pessoa introvertida e um pouco carente. Sonhadora, amorosa com os sobrinhos: os filhos de coração.
Mércia gostava era de muito brilho, muitas cores, muito samba; seu coração era um eterno Carnaval.
Uma mulher de fé, para quem a família estava em primeiro lugar. Depois vinham as plantas e a música caipira.
Com seu jeito amoroso e alegre, assobiava alto para acordar os netos e poder brincar com eles.
Quem a visitava sempre levava deliciosos quitutes para casa.
Dirigia para esquecer os problemas, cantando músicas no último volume.
Apreciava tomar e servir capuccino; fosse inverno ou verão, ele oferecia e servia a bebida para todos em sua casa.