1946 - 2020
Pai e avô dedicado que tinha um bigodão conhecido por asa de andorinha.
Nasceu camponês e conheceu o trabalho muito cedo, numa fazenda de café do Espírito Santo.
Foi pro mundo, se apaixonou por uma donzela de olhos grandes e verdes e se aninharam no Rio de Janeiro, terra de São Sebastião. Viveu com ela durante quase 50 anos, tiveram três filhas e três netos.
Foi taxista e rodou a cidade, contando histórias... essencialmente, era um contador de histórias.
Foi um homem simples e de pouco estudo, mas com uma sabedoria de vida capaz de impressionar os mais letrados. Nunca desistiu de amar e ser amado e dizia que a poesia das modas de viola lhe agulhavam o coração.
Era forte de vigor e de desejo: tinha fome e sede de viver.
Jamais desistiu da vida e lutou até o último segundo.
Foi grande, foi valente, foi herói!
Natalino nasceu no Espírito Santo e faleceu no Rio de Janeiro, aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Rayane Urani, a partir do testemunho enviado por filha Sonia Regina da Silva, em 4 de agosto de 2020.