1962 - 2020
A generosidade e a bondade tiveram nome, sobrenome, endereço e um lindo sotaque baiano.
Técnica de enfermagem aposentada, estava sempre à disposição para ajudar qualquer pessoa, em qualquer situação. Escolheu a profissão por benevolência e cumpriu muito bem com o que foi sua preferência, mas acima de tudo, sua vocação. Foram trinta e cinco anos de puro amor e cuidado a quem quer que precisasse.
Em casa, havia reciprocidade nos cuidados carinhosos e amorosos. Dona Terezinha, com seus 87 anos bem vividos, teve da filha o mesmo sentimento que dedicou a ela a vida toda.
Casou-se três vezes. Enviuvou duas, mas não parou por aí. Dizia que não sabia ser só, precisava de um companheiro ao lado. Teve dois filhos e dois netos, que amava como só mães e avós sabem amar. Adorava estar junto da família, nas grandes festas ou pequenas comemorações, era esse o verdadeiro lar de Neide.
Gostava bastante de passear. Era tímida, mas adorava se reunir com amigos ─ e tinha muitos! Com seu jeitinho quieto e carismático, entrava na vida das pessoas como quem não queria muita coisa, mas acabava levando todos os corações no final. Conquistou muitas amizades ao longo da vida, que faziam sua vida mais leve.
Generosa como só Neide sabia ser, ela era incrível! Foi filha, mãe, avó, esposa, amiga e técnica de enfermagem que deixou muitas saudades em todos. Entretanto, amigos e familiares ainda enxergam Neide nas pequenas gentilezas da vida, como numa ajuda a quem precisa, num sorriso tímido e num carinho disfarçado. Atitudes assim como ela: gentis.
Neide nasceu em Juazeiro (BA) e faleceu em Remanso (BA), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Neide, Ribeiro. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Bárbara Aparecida Alves Queiroz , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 14 de fevereiro de 2021.