1956 - 2020
Dizia com felicidade que ele era peão mas que sua filha seria uma futura engenheira.
Técnico em radiologia há 42 anos, o já aposentado Newton ainda trabalhava em um hospital particular na zona norte do Rio; emprego que perdurou por 23 anos. Nas horas vagas, fazia transporte de passageiros. Trabalhou desde os 12 anos de idade e cresceu aprendendo a dar valor à simplicidade, o que contribuiu diretamente em sua dedicação e disposição profissional.
“Sua generosidade não tinha fim”, comenta a filha Jéssica. Ela destaca um episódio marcante da relação com o pai: quando estavam no supermercado e um rapaz pediu dinheiro para comprar fraldas e leite, alegando ter um bebê em casa. “Logo meu pai se prontificou a comprar. Quando saímos do supermercado e fomos procurar o rapaz, o mesmo já não estava mais lá. Meu pai voltou lá por uma semana diariamente para entregar. Infelizmente nunca reencontrou o rapaz.”
Exemplo de honestidade e sempre muito correto com suas obrigações, era um bom pai, bom esposo, e bom avô; com muito orgulho, tinha as netas como filhas.
Newton nasceu Rio de Janeiro (RJ) e faleceu Rio de Janeiro (RJ), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Irion Martins, a partir do testemunho enviado por filha Jéssica Faria Peçanha, em 20 de julho de 2020.