1971 - 2020
Era a alegria da rua onde morava, sempre fazendo todos sorrirem com suas histórias engraçadas.
Mais conhecido como Celsinho, era a alegria da rua onde morava, sempre fazendo todos sorrirem com suas histórias engraçadas.
Prestativo, do tipo “pau para toda obra”. Não tinha dia nem hora para ajudar quem precisava. Querido com as crianças, amado pela família e amigos, protetor de todos.
Apesar da vida não ter sido fácil para ele, jamais perdia o sorriso no rosto, oferecendo sempre o melhor de si. Nunca teve ambições. Mesmo já sofrendo com os sintomas da Covid-19, mandava áudios carinhosos no grupo da família.
Até nos momentos de dor, sem conseguir respirar direito, ele não era egoísta. Estava preocupado com a família, pedindo para todos se cuidarem e lembrando que amava cada um, falando nome por nome: irmãos, mãe, esposa, filho, neta, sobrinhos e amigos. Nunca esqueceu o nome de ninguém.
Quando perdeu a guerra para a Covid-19, os vizinhos ficaram nas portas de suas casas esperando o carro da funerária passar. Eles queriam aplaudi-lo. O carro, infelizmente, não passou na rua. Uma pessoa tão especial não teve direito de ter uma homenagem justa. A cidade inteira ficou comovida.
A frase que mais associam a Celsinho é: "Se precisar é só chamar". "O mundo ficou mais carente de gentileza", relata sua irmã, Siomara Oliveira.
Nicelso nasceu em Estância (SE) e faleceu em Estância (SE), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela irmã de Nicelso, Siomara Oliveira. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Joyce Felix, revisado por Joselma Coelho e moderado por Rayane Urani em 13 de junho de 2020.