1987 - 2021
Ele amava a ciência, sua contribuição a ela continuará gerando conhecimento pro futuro.
Ele cursava o ensino médio quando descobriu seu amor pela pesquisa, no entanto, parecia que já sabia o que queria ser desde sempre, tamanha era sua convicção. E assim Nilton tornou-se pesquisador, estava no segundo pós-doutorado em Farmacologia na Universidade de São Paulo e vivia para a ciência.
Nilton era um companheiro amado, filho querido, irmão parceiro, amigo maravilhoso e, além de tudo isso, um profissional dedicado à educação pública de qualidade, que se preocupava com a escassez de investimentos na ciência e almejava a justiça e equidade social.
Cuidadoso, ele tinha pavor de que a família e amigos se infectassem. Estava envolvido em um projeto, junto à faculdade de Medicina da USP e ao Dr. Paulo Saldiva, que estudava os efeitos da Covid-19 no cérebro de pacientes que faleceram da doença.
Seu amor e dedicação à ciência eram tamanhos que, mesmo tendo partido tão precocemente, deixa lições de persistência, resiliência, fé no ser humano e na ciência. Também deixou muito de si, pois, “em nome da ciência”, foram doadas partes de seus tecidos celulares do cérebro, coração e pulmões em prol do avanço da ciência, da continuidade dos estudos que integrava e de tudo pelo que ele lutava.
Nilton nasceu em Abaetetuba (PA) e faleceu em São Paulo (SP), aos 34 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela companheira de Nilton, Sâmia Rafaela Maracaípe Lima. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Rosa Osana, revisado por Ana Helena Alves Franco e moderado por Rayane Urani em 22 de julho de 2021.