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Noemi Maria Azevedo da Silva

1949 - 2020

O perfume inesquecível de sua galinha ensopada, era como um presente delicioso aos domingos.

Dona Noêmia, como era conhecida, foi sempre uma guerreira, exemplo de amor à família e ao próximo. Sentia prazer em ajudar. Apesar de todos os problemas de saúde, estava sempre a cuidar de todos.

Amava ver a família inteira saborear sua comida. O inesquecível perfume de sua deliciosa galinha ensopada era o maior presente dos domingos.

Casada por 50 anos, ela e o marido faziam tudo juntos, desde as visitas ocasionais a uma irmã até as consultas médicas, os exames... Eles cuidavam um do outro. O programa favorito do casal era acompanhar as novelas na TV.

Era na TV também que ela assistia aos jogos do Corinthians, time do coração do seu filho. Depois, independentemente do resultado, puxava uma conversa para comentar o jogo. O filho Marco desconfia que a mãe se tornou corintiana para se aproximar ainda mais dele... Ela era assim.

Foi uma mulher doce e amante da paz, mas havia uma coisa que a tirava do sério: “Ai de quem falasse mal de suas netinhas! Eram tudo para ela. Um Amor incondicional”, conta Marco.

”Te amaremos para sempre, minha baixinha... e ficaremos sempre com as melhores lembranças em nossos corações! A sua benção, mãe! Um dia a gente se encontra...”, diz Marco, emocionado, enquanto lembra sorrindo que há pouco tempo descobriu que a mãe amava ouvir Raça Negra. Por isso, finaliza esta homenagem com um trecho da composição "Estou mal": “E agora o que é que eu faço sem você? Minha vida não é nada sem você...”

Noemi nasceu em Macaúbas (BA) e faleceu em Cubatão (SP), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Noemi, Marco Feliciano da Silva. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Hélida Matta , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 29 de julho de 2020.