1947 - 2020
Com a bengala em mãos, agarrava todas as oportunidades de sair para passear.
Dona Odete era uma vendedora nata. Em todas as festas de família lá estava ela com catálogos da Avon debaixo dos braços. Também amava crochetar, fazia peças pra vender e se deliciava fazendo. Ela era famosa entre as vendedoras de Guarulhos, a cidade onde viveu.
Odete é um espírito inquieto. Uma mulher à frente do seu tempo, corajosa e independente. Alguém em quem lindamente se inspirar, uma estrela.“Ela odiava fazer comida, foi meu pai que sempre cozinhou para nós”, relatou sua filha Elisabete.
Mãe de cinco filhos, foi para eles sua maior referência. “Era uma mãe super protetora, preocupada com todos, tinha coração enorme”, conta Elisabete. Uma mulher que exalou força.
De um bom humor inabalável, Dona Odete era alegria personificada. Seu riso fácil e sua personalidade audaciosa a fizeram inesquecível. “Ela usava muleta e sempre nas festas, as filhas faziam ela dançar a 'dança da manquinha', uma versão da dança da motinha”, narrou Elisabete.
Ela viveu uma história de amor linda. Seu marido nunca imaginou perdê-la assim. Agora fica um vazio no peito de seus filhos Edileusa, Elisabete, Elaine, Erika e Thiago. Mas como uma estrela, Dona Odete vai continuar inspirando com sua força e coragem, e brilhará pra sempre no coração de quem a teve por perto.
Odete nasceu em Bauru (SP) e faleceu em Guarulhos (SP), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Odete, Elisabete Barbosa da silva. Este tributo foi apurado por Gabriel Rodrigues , editado por Rebeca Anzelotti, revisado por Sandra Maia e moderado por Rayane Urani em 2 de junho de 2021.