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Oscar Neto Veiga

1957 - 2020

“Não sou eu quem me navega. Quem me navega é o mar” era seu lema de vida.

"Oscar, lança de Deus, combatente divino. Devoto de São Jorge e Ogum, esse fazia jus ao nome", é a maneira como o descreve José Ronaldo, seu cunhado.

Amava uma festa em família e sua relação com todos era a melhor possível. Sempre agradando cada um, desde a terceira idade até as criancinhas. Nos churrascos, ele nunca deixava faltar o seu famoso tomate recheado.

Também não abria mão de um samba e de acompanhar o seu Mengão. Toda quarta, como um bom flamenguista, estava na sauna do clube, em Niterói.

Gostava muito do mar e de curtir a vida, soltando, vez ou outra, seu jargão: "Eh, vidinha mais ou menos!"

Formou sua filha única em Medicina. "Ah, que orgulho tinha dessa filha", conta José Ronaldo. "Na formatura dela, fez questão de ficar na festa até o dia clarear. Afinal, dizia ele, 'ela é filha única e não vamos ter outra formatura pra curtir'."

Era ótima companhia para a esposa em seus projetos acadêmicos e teatrais.

"Ele ajudava todos, sem distinção. Sonhava com um mundo mais justo e fraterno. Mas não resistiu à Covid-19. Vamos sentir saudades", afirma seu cunhado.

Oscar nasceu em Niterói (RJ) e faleceu em Niterói (RJ), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo cunhado de Oscar, José Ronaldo Bretas. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 12 de setembro de 2020.