1953 - 2020
A beleza da vida era um domingo na companhia de quem amava e seus cachorros, com música gaúcha e churrasco.
Motorista desde jovem, tinha muito orgulho da profissão que escolheu, sempre conduzindo as pessoas com atenção e responsabilidade.
Querido e encantador, fez muitas amizades por onde passou: com colegas de trabalho, chefes e passageiros, que Osmar fazia questão de tratar com toda educação, cuidado e simpatia. Em retribuição, costumava ganhar frutas e presentes.
Fazia de tudo pela felicidade da sua filha Priscila, a pessoa mais importante da sua vida. Quando se tornou avô, fez questão de mimar e encher de amor e afeto o neto Dimmy. Preocupava-se para que nada lhes faltasse e se realizava com suas conquistas.
Além da profissão, dedicava-se aos animais: acolheu vários cachorros ao longo da vida, resgatados e tratados com todo amor. As coisas podiam faltar para Osmar, mas não para seus cachorrinhos. Às vezes, tinha dificuldade em arrumar casa para morar porque a prioridade era um pátio grande para ter os seus bichinhos com conforto. Ele mesmo fazia um canil separado para os doentes não se machucarem. Ensinou muito sobre amor por meio da relação que tinha com seus animaizinhos.
Divertido, sempre que possível gostava de reunir a família e os amigos para fazer um churrasco e tomar uma cerveja gelada ou um bom vinho. Aliás, era um ótimo churrasqueiro. Para ele, a felicidade e o amor moravam nas coisas simples: um domingo de folga com música gaúcha tocando e uma carne assando na companhia de quem amava e os cachorrinhos pelo pátio felizes ― era essa a beleza e o encanto da vida.
Mesmo sendo baixinho, Osmar foi um grande homem. Deixou um legado de amor, simplicidade e afeto que nunca será esquecido. Doce e amável, serviu de exemplo para quem teve a sorte de conhecê-lo.
Amigo estimado, pai e avô amoroso e tutor dedicado, Osmar deixa saudade. Segue amando e cuidando dos seus, com um sorriso no rosto e a alma iluminada.
Osmar nasceu em Guaíba (RS) e faleceu em Guaíba (RS), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Osmar, Priscila Rodrigues da Silva. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Bárbara Aparecida Alves Queiroz, revisado por Renata dos Passos e moderado por Larissa Reis em 1 de abril de 2021.