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Paulo Roberto Costa Vieira

1939 - 2020

Artista plástico de extraordinária sensibilidade, tocou muitos corações com sua arte.

Paulo dedicou sua vida à família, a qual formou em meio a todo tipo de influência sensível das artes, tendo a casa sempre povoada por artistas. Também era estudante de teatro.

Criou sua filha Jacqueline cercada pelos livros, câmeras e telas. Fez questão de apresentar a ela a arte do teatro e do balé, o que a fez ser uma artista reconhecida e que vive da profissão, herdando dele o talento para as artes.

Era cabeludo, militante sobre as pautas em que acreditava e atuava na contra-mão do padrão, o que lhe concedeu o título de rebelde comunista na década de 70; mas desse rótulo fez nascer uma companhia de teatro e abriu uma boate chamada Lampião.

Paulo se mudava vez ou outra de residência: andava entre Rio e Minas, fugindo da ditadura militar. Trabalhou na TV TUPY, Rede Globo e na empresa Herbert Richers, que se tornou o principal estúdio de dublagem da América Latina. Posteriormente, se fixou com a família no interior de Minas Gerais e lá caminharam felizes.

Usou sua experiência de vida para tornar-se secretário de cultura e colocar sua sensibilidade a favor dos artistas da região, ajudando-os a ampliar suas habilidades.

Por tudo o que foi e o que ainda representa nos corações de quem ele tocou com sua arte, as pessoas o amaram demais e o mantém na memória. Hoje há um silencio de saudade pairando sobre todos que o conheciam.

Paulo nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Maricá (RJ), aos 81 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Paulo, Jacqueline Hoofendy. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Karina Zeferino, revisado por Lícia Zanol e moderado por Rayane Urani em 27 de maio de 2021.