1925 - 2020
Italianão divertido, jogava bola com os bisnetos e apreciava a macarronada do domingo.
Seu Pedro, Pedrinho para alguns, Pedrola para a neta Luana, Papito para filhas e Vozão para os bisnetos, escreveu uma história de vida muito bonita.
O patriarca, que viveu com sua companheira Luzia 71 anos de casamento, deixou uma descendência composta de seis filhos, doze netos e catorze bisnetos, marcados por uma vida simples, com dificuldades e lutas, mas também por muito trabalho, honestidade e felicidade, virtudes por eles imitadas.
Homem justo, respeitado, ótimo pai e excelente companheiro, era uma pessoa alegre e sempre de bem com a vida. Gostava de conversar e brincar com todos. Quando sua esposa faleceu em 2018, Pedro se desdobrou em amor, carinho e cuidado muito grande para com a família, tornando-se “tudo de bom” para ela.
Ele era um italianão de gênio forte, sempre elétrico, que gostava muito de andar e muito pouco de ficar sentado. Apesar de toda sua ranhetice, era divertido e fazia todos rirem. Brincava muito com os netos e viveu com saúde suficiente para jogar bola na praça com os bisnetos.
Gostava das coisas boas da vida, como pescar, ouvir música sertaneja, cantarolar tocando cavaquinho e tomar “aquela” pinguinha no fim da tarde antes do jantar.
Os domingos, para ele, eram dias especiais, com direito a uma cervejinha e macarrão feito em casa, sempre se lembrando daquele que a esposa Luzia fazia e que ele não conseguia esquecer... Se não tivesse macarrão, não era domingo! Como bom comilão, apreciava lasanha, polenta com frango, pizza e gostava muito, mas muito mesmo de Danoninho.
Quando foi diagnosticado com Covid-19, todos que viam Pedrola como uma aroeira acreditaram que sairia ileso, mas infelizmente ele não conseguiu vencê-la. Partiu deixando vazio, lembranças e saudades nos corações dos que ficaram, mas, junto com elas, a certeza de que será bem recebido na espiritualidade, onde se encontrará com a amada Luzia, ou a Dona Lulu, como era chamada pela família.
Pedro nasceu em São Carlos (SP) e faleceu em Catanduva (SP), aos 95 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Pedro, Luana Goulart. Este tributo foi apurado por Carla Cruz e Hélida Matta , editado por Vera Dias, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 16 de fevereiro de 2021.