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Raimundo do Carmo

1943 - 2020

Autêntico, ele sempre amou a enfermagem e foi exemplar como profissional, esposo, pai, avô, tio e amigo.

Seu Dico, como era conhecido, foi uma pessoa muito séria e "não fazia muita questão de agradar. Ou você o amava, ou o detestava", conta a sobrinha Larissa, que logo ressalva: "Mas quem realmente o conhecia, o amava e admirava".

Ele é definido como um homem sábio e honesto por Larissa, que descreve: "Ele era muito rígido e, ao mesmo tempo, tinha um coração tão bom, capaz de amar e perdoar em todas as situações".

Seu Dico também era trabalhador e honrado. Nasceu em uma família humilde e, com muito esforço, alcançou tudo o que sonhou como sua amada profissão. Era técnico em enfermagem aposentado e trabalhou na Universidade Federal do Espírito Santo, onde seguiu bastante prestigiado.

Os cabelos grisalhos acompanhavam a sua cuidadosa aparência. "Estava sempre bem trajado, em consonância com a esposa Zulmira, que constantemente se apresentou como uma santa", conta Larissa.

Ao lado de Zulmira, Seu Dico formou uma família linda, gerando três filhas: Janete, Janaína e Janice, e três netos: Alice, Mateus e Vítor. "Embora ele também tivesse como neta a minha filha, Mariana. E eu me sinta como sua filha de alma", diz a sobrinha.

"Ele emanava luz, amor e paz. Seu legado é lindo", afirma Larissa, que se despede: "Obrigada por tudo. Eu te amo, tio."

Raimundo nasceu em Cataguases (MG) e faleceu em Vitória (ES), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Raimundo, Larissa Miranda da Silva. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Luciana Fonseca, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 11 de outubro de 2020.