Rangel Alves Ruiz

1978 - 2020

Na batalha da vida, esse guerreiro fez da Medicina sua principal arma.

Se a vida nem sempre é justa com as pessoas, Rangel sentira isso na pele. O rapaz de perfil agregador recebeu sua missão de vida com simplicidade e coragem: em meio aos muitos problemas de saúde, passou por um transplante e batalhou para sobreviver. Saiu vencedor.

A energia que emanava dele o mantinha sempre rodeado de gente; a generosidade o conduzia ao caminho de fazer sempre o bem. Não à toa, estava sempre disposto a ajudar quem precisasse.

Esse amor pela vida o levou a se formar em Medicina, em 2019, depois de muitos obstáculos superados. Entretanto, a maior batalha ainda estava por vir... atuou na linha de frente no combate à Covid, mesmo sabendo que fazia parte do grupo de risco.

Se o objetivo maior era cuidar das pessoas, para ele não havia empecilhos. “Se for para morrer na guerra, vou morrer lutando e salvando vidas. Deve ser esse o propósito de Deus para me manter vivo”, ele respondia aos familiares quando pediam que se protegesse.

Todos os nós que desatava na batalha pela vida eram esquecidos quando saía para pescar, o que mais amava fazer. Sentia-se livre e vivo no seu jet ski, e era essa sensação que o mantinha firme para seguir em frente.

As lembranças, ainda recheadas de dor e saudade, seguem no coração de amigos e familiares, que ainda não compreendem o porquê dessa batalha perdida na vida de um guerreiro exemplar.

"Veio ao mundo com uma missão, ajudar os necessitados. Não se limitava, mesmo cansado estava sempre disposto a ajudar quem precisava. Foi forte e lutou com muito afinco pela vida, e jurou que enquanto estivesse vivo iria levar solidariedade por onde fosse. Ao partir, deixou muitos amigos em luto. O que restou foram as lembranças do amigo, marido, jogador de futebol e de um excelente profissional. Restaram só as boas lembranças." conta a sua cunhada, Karoliny.