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Reginaldo Bailer Wanderley

1945 - 2020

Amava andar de moto e beliscar o pão que sua esposa comprava na padaria.

Reginaldo, Regis para os amigos ou, ainda, o "tio da kombi" para as crianças que levava para a escola. Era apaixonado pela sua Harley Davidson e tinha o hábito de todas as manhãs ir à garagem admirar, arrumar ou modificar a motocicleta, mesmo que não precisasse.

Porém, seu maior orgulho era a família que construiu com Maria Alice, o amor de sua vida, as filhas: Katia Cristina e Carla Cristiane. Amoroso e preocupado, nunca gostou de ver alguém passando necessidade e ajudava sempre que podia.

"Amava passear de carro e contar histórias da sua vida, mostrar as casas em que morou e os lugares que frequentou e, mesmo que já tivesse contado aquela mesma história outras vezes, repetia com orgulho tudo que viveu e construiu", conta a neta Luiza.

Trabalhou por anos como bancário e depois de mais velho tornou-se motorista de van escolar. Foi um homem muito bom, de muitos amigos e de várias histórias engraçadas.

"Certa vez ele foi passear com o cachorro e caiu, ria tanto que nem conseguia levantar. Ele era assim, muito alegre e ria de tudo", lembra novamente sua neta Luiza.

Dançarino de samba como ninguém e fã de um pão de padaria fresquinho. Amava a vida e sua família, passear com o cachorro e rir de si mesmo.

Entre duas rodas e notas de samba, fica a lembrança da energia e da força do sorriso de Reginaldo em sua motocicleta.

Reginaldo nasceu em Curitiba (PR) e faleceu em Porto Alegre (RS), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Reginaldo, Luiza Wanderley da Fonte. Este tributo foi apurado por Júllia Cássia, editado por Stefhanie Fernando, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 11 de dezembro de 2020.