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Renata Lomenha Torres

1978 - 2021

A forma delicada com que guardava os brinquedos das filhas e lhes preparava as refeições, expunham seu amor pelo cuidar.

Suas marcas de cuidado estavam nos pequenos detalhes, no cotidiano. A dedicação às filhas foi uma de suas grandes paixões, Amanda e Giovanna tiveram a dádiva de viver sob os cuidados dela. Feliz, de riso largo, não media esforços quando o assunto era cuidar.

Junto ao amor pelo cuidar das meninas estava o amor por ir à praia. Ir à igreja também era uma das atividades que muito lhe agradava - era evangélica.

A família era composta por ela, as meninas e a avó, com quem tinha morado por muito tempo até o falecimento desta. Também teve um filho, um menino, que partiu aos dois anos, antes do nascimento das irmãs. No entanto, mesmo diante de todas as adversidades da vida, mantinha-se positiva.

Que pessoa divertida era ela! Parecia uma criança quando o assunto era comer besteiras e passear no shopping. Sonhava com pizzas, hambúrgueres e refrigerantes. O aparelho ortodôntico fazia com que parecesse irmã, e não mãe das meninas. As festas do colégio também muito a alegravam - filmava as meninas em todas as situações.

Seu maior sonho era vê-las crescerem, se formarem e serem felizes. Não poderá testemunhar, mas, certamente, as filhas farão jus aos desejos da mãe.

Renata nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 43 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela nora de Renata, Maristela Barenco Corrêa de Mello. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por -, revisado por Elias Lascoski e moderado por Rayane Urani em 4 de novembro de 2021.