1954 - 2020
Dono de um abraço apertado e de um sorriso lindo, que formava covinhas profundas.
Roberto Sérgio era engenheiro mecânico e tinha o maior orgulho do seu trabalho. “Quando ele partiu, estava muito feliz com as atividades que desempenava na fábrica de papel. Possuía uma vontade sem fim de trabalhar e de prover”, afirma sua filha Roberta.
Além de muito dedicado à companheira Percília, foi um pai amoroso para as filhas Roberta, Mariana, Daniela e Gabriela e um avô carinhoso para os netos Leonardo, Larissa, Bruna, Beatriz, Henry e Ellis.
Roberta relata que o pai amava reunir as filhas, genros e netos para fazer churrasco: “Chamava as suas quatro meninas de ‘filhotas’ e gostava de ficar lá na churrasqueira, zelando pela carne ou pelo peixe recheado para servir à família”.
Ele sentia muito prazer em levar as netas à padaria para comprar pão quentinho e, embora não fosse bom no futebol, seu neto dizia que era um craque porque o avô sempre tentava jogar com ele.
Telefonava frequentemente para a irmã e conversavam por horas e horas sobre todos os assuntos. E as filhas, quando tinham qualquer dúvida no trabalho, era para ele que ligavam para saber como agir.
“Nos agarramos a esses pequenos detalhes para matar a saudade enorme que ele faz”, diz Roberta, com pesar: “Meu pai se foi. Não faremos mais o concurso do melhor pimentão recheado, não teremos mais o churrasco do dia dos pais, não receberemos mais o carinho do vovô. Mas aquele seu sorriso luminoso e cheio de amor permanecerá para sempre na nossa memória.”
Roberto nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Santo Amaro da Purificação (BA), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Roberto, Roberta de Oliveira Soares. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Renata Meffe, revisado por Renata Nascimento Montanari e moderado por Rayane Urani em 4 de maio de 2021.