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Robson de Souza Lopes

1977 - 2020

Autodidata, aprendeu sozinho a tocar teclado, sanfona e violão. Nunca tirava o sorriso do rosto.

Binho, como gostava de ser chamado Robson de Souza Lopes, aprendeu sozinho a tocar teclado, sanfona e violão, e fazia da música sua profissão. Além de se apresentar no altar da Igreja Batista Nacional Vida, em Manaus, criou uma banda, a Joy, que mantinha uma agenda de shows em casas de festas, formaturas e casamentos da cidade.

Segunda vítima do novo coronavírus a morrer no Amazonas, o músico foi enterrado no dia 31 de março, a 3 metros de distância dos familiares.

"Nem nos abraçar pudemos, para dar força uns aos outros", conta Lucia Noronha, cunhada de Binho, que está em isolamento.

Ela ressalta que o músico era muito família e que sempre tinha um sorriso aberto no rosto, uma alegria singular, que contagiava e tinha um coração enorme.

Binho ficou quase dez dias internado e não tinha nenhuma comorbidade, segundo familiares.

Ele deixa dois filhos: Lissa, de 18 anos e Nicolas, de 13; além da mulher, Lucilene, com quem era casado há 19 anos.

Relato retirado do Jornal O Globo, publicado em 04 de abril de 2020 https://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/vitimas-do-coronavirus.html

Robson nasceu em Manaus (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 43 anos, vítima do novo coronavírus.

Jornalista desta história Ana Clara Costa, em 2 de agosto de 2020.