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Rosita Najan de Moraes

1935 - 2020

Foi, viveu e compartilhou muito amor, alegria e sabedoria.

Um ser humano cheio de vida e de sonhos. Amável, carinhosa, companheira, tolerante. Dona de incontáveis qualidades e de um coração repleto de bondade, otimismo e afeto. Sempre buscava o lado bom das coisas.

Uma mulher forte e de uma alegria que contagiava todos ao seu redor. Uma força expressiva que saía puxando conversa com quem estivesse pelo caminho. Transbordava vitalidade e gentileza.

“Ela me criou assim. Eu sempre muito agitada e, na maioria das vezes, sem paciência, escutava sempre ‘calma Cláudia, tudo passa’. Eu e a minha irmã tivemos a vida orientada por seus bons conselhos. Aprendemos a ser mães, donas de casa, chefes de família, tudo com ela”, relembra a filha Claudia.

Dona Rosita adorava dançar. Também gostava de estar sempre arrumada, com roupas modernas, unhas feitas e seu cabelo curto. Madeixas estas que nunca pintou, pois “não queria esconder a idade”. Pelo contrário, era cheia de orgulho dos seus belos grisalhos. Sabia que cada fio seu contava uma história.

Uma outra paixão era a família. Como adorava estar entre “Os Najan!”, como ela, carinhosamente, chamava os seus. Estar reunida com todos era o auge da sua alegria. Para ela isso valia mais que qualquer outra coisa no mundo.

“Para tudo ela me dava uma ótima orientação. Era meu GPS. A minha estrada agora será sem bússola, mas a honrarei sempre. E logo ela, que amava tanto as pessoas, precisou ser enterrada sem o direito à presença daqueles que a amavam profundamente. Até o céu chorou com a sua partida”, desabafa a filha.

Dona Rosita foi mesmo uma mulher única. Um ser humano inspirador, que viveu intensamente cada segundo que lhe pertenceu. Uma fonte inesgotável de afeto e autenticidade. Ela fez e foi lar para muitos. E todo o legado que construiu seguirá sendo repassado com muito orgulho.

Sua filha, Claudia, finaliza celebrando a existência da mãe: “O mundo perdeu uma mulher de alma nobre e o céu ganhou um anjo! Vai com Deus, minha rainha. Vou me apegar à esperança de um dia te ver novamente. Tomara que Deus, em sua misericórdia, me conceda essa honra. À melhor mãe do mundo, toda honra e toda a glória para sempre”.

Rosita nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Rosita, Claudia Najan. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Thiago Santos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de outubro de 2020.