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Salvador Severiano de Santana

1945 - 2020

Seresteiro que tinha o violão para cantar o amor.

“Nosso amado Salvador era o seresteiro oficial da família e também o churrasqueiro; onde ele estava havia sempre uma 'gorduchinha' gelada, carne assada ao ponto e boa música tocada no seu violão”, conta sua sobrinha Kátia Regina.

Foi enfermeiro de profissão, mas já havia se aposentado. Considerado por todos como uma pessoa muito honesta e trabalhadora, também tinha preocupação com sua saúde. Conta sua sobrinha que Salvador era saudável e fazia sua "física" toda semana.

Gostava de tocar seu violão, seu cavaquinho e não perdia uma única oportunidade. Chegou a gravar alguns CD’s e a sobrinha lembra-se de uma de suas composições preferidas:

"Estou morrendo de amor, vou rifar meu coração
Porque ele não aguenta, sofrer tanta ingratidão
Quem quiser comprar eu dou, por um preço de um amor
Tudo nessa vida passa, só não passa a minha dor

Bate coração no peito sofredor, não deixa essa chama apagar
Eu gosto dela e não consigo esquecer
Por isso hei de amar até morrer”

Salvador tinha dois filhos abençoados e uma esposa querida. “Uma legião de amigos e fãs não se cansam de homenageá-lo nas redes sociais, pois está fazendo muita falta”, conta a sobrinha que se despede dizendo que ele “morreu amando e sendo amado”.

“Vai com Deus e aqui resta a saudade.”

Salvador nasceu em Ribeira do Amparo (BA) e faleceu em São Paulo (SP), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Salvador, Katia Regina Nogueira da Cruz. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Míriam Ramalho, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 30 de outubro de 2020.