1946 - 2020
Maritaca, amigo guerreiro, sempre com um sorriso largo no rosto.
Como gostava de conversar...
Brincalhão, vivia fazendo pegadinhas com a filha Nádia. Era ela que cuidava do pai.
“Minha irmã Nádia, a do meio, cuidava dele, trabalhava na casa dele... Ele falava que ela era médica, engenheira, era tudo e sabia tudo. Jogava dominó a noite toda com ele para distraí-lo...”, conta a outra filha, Neusiane, das cinco que teve. Além de Nádia e Neusiane, Neiva (já falecida), do primeiro casamento; Vivian e Viviane, as duas caçulas, gêmeas; do terceiro casamento. E ainda tem o Cláudio, o Marcelo e a Cláudia, filhos do coração, do segundo casamento.
Família grande Maritaca, como era chamado carinhosamente pelos amigos, formou. Era avô e bisavô: dez netos, mais um a caminho, e 13 bisnetos. Mas não escondia o carinho especial pela neta Micaella, seu xodó.
Contador de causos, adorava falar da sua trajetória de vida. Guerreiro, superou muitos desafios, sempre com respeito ao próximo. Amou e foi muito amado. Sempre feliz, sempre prestativo - não importava a hora.
O Natal era sempre uma grande festa. “Um ano na minha casa, um ano na casa dele”, relembra, com carinho, Neusiane. E acrescenta: "Difícil até escolher só um ou dois momentos inesquecíveis dentre tantos bons que vivemos".
Sebastião nasceu em Jerônimo Monteiro (ES) e faleceu em Volta Redonda (RJ), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Sebastião, Neusiane. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Luciana Oncken, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 13 de julho de 2020.