1975 - 2020
Conciliou firmeza e doçura na construção de uma família sólida.
Quando fevereiro de 2020 chegou, a baiana “Beibinha” – como Susie era apelidada – finalmente resolveu se casar de papel passado com quem, na prática, já era seu marido há 22 anos. Não houve tempo, porém, para que o casamento acontecesse.
A solenidade apenas formalizaria o que já existia de maneira muito sólida. “Construíram uma família linda com dois filhos”, elogia sua cunhada Bruna. Família que passara inclusive por momentos bastante difíceis. Susie, porém, “segurou a barra quando meu irmão perdeu o emprego. E quando ele ficou doente, cuidou dele”, prossegue Bruna.
Determinada e persistente, Susie conciliou casa, trabalho e estudo para progredir na carreira, conseguindo chegar a gerente do Centro de Atendimento Multiprofissional à Pessoa com Deficiência, em Guarulhos: seu grande sonho profissional.
Diabética e hipertensa, nada a derrubava. “Alegre, espontânea, alto astral”, escreve a cunhada, “gostava de cozinhar para todos nós. Sempre que vinha nos visitar, trazia um quitute, que muitas vezes vendia para poder completar a renda da família”.
Foi uma mãe amorosa, “sempre ao lado dos meninos para o que precisavam, mas nunca economizou bronca para educá-los. Ela formou dois meninos lindos”, orgulha-se Bruna. “Temente a Deus, sempre ia à igreja. Dizia que o único caminho era Ele. E agora é”, conclui.
Susie nasceu em Itabuna (BA) e faleceu em São Paulo (SP), aos 45 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela cunhada de Susie, Bruna Karina Giglio Quintella. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Joaci Pereira Furtado, revisado por Joaci Pereira Furtado e moderado por Rayane Urani em 19 de setembro de 2020.