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Tânia Regina Pereira Santos

1967 - 2020

Com o coração tão cheio de amor foi, além de mãe, a melhor amiga das filhas.

Este é um relato da filha Danielle sobre a mãe Tânia Regina:

“Minha Taninha”, assim era carinhosamente chamada pelos amigos próximos e familiares. Minha mãe! Mãe de duas filhas: Danielle e minha irmã Gabriele. Avó de dois meninos lindos e amáveis, nosso André (Dedé, como ela o chamava com carinho) com 5 anos e o nosso pequeno Malcon, que infelizmente não pôde conhece-la e nem conviver com o melhor ser humano que eu conheci. Filho de Gabriele, ele veio ao mundo quando iria completar 2 meses que nossa mãe já não estava entre nós.

Tania Regina era pedagoga, supervisora de combate a endemias. Ela ficava alocada no Centro Histórico de Salvador (BA). Tinha 23 anos de serviço e estava aguardando por apenas mais um ano sua tão sonhada aposentadoria.

Como Testemunha de Jeová, honrava seu nome e o nome do seu Deus, Jeová! Mulher de muita fé. Seu hobby era participar de todos os eventos relacionados a sua religião. Participava das reuniões no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, do serviço de pregação de casa em casa, da distribuição de brochuras e bíblias, das assembleias e congressos. Já tinha até planejado visitar Betel em São Paulo.

Seu lugar no mundo era dentro da sua casa, onde suas melhores companhias eram as filhas, neto, genros e a mãe, que ela cuidava com todo carinho! Nossos domingos eram marcados pelo almoço em família. O melhor almoço com as melhores sobremesas. Que saudade mãe!

A viagem anual à Maraú, Ilha do Sapinho, para a casa de nossa querida avó, era uma das melhores. As idas para Mar Grande também nos faziam muito felizes. Ela prezava pela união da família, queria todos juntos!

Taninha era justa, amável, amiga, confidente, honesta, linda, dona de uma sabedoria e um coração único. Ela era nossa melhor amiga. Sua mãe, nossa avó Nalva, sofre conosco a imensa falta que ela faz.

Como servidora municipal da saúde tinha a responsabilidade de acompanhar casos de dengue, zica e chikungunya. E foi no cuidar do próximo que ela se contaminou.

Você deixou muita saudade, mãe! Mas deixou um lindo legado. Seu neto Dedé têm as melhores lembranças de uma avó que brincava sentada no chão. Suas filhas sentem falta do porto seguro e da melhor amiga que você foi. Nós, te amamos! Sua família te amará eternamente!

Tânia nasceu em Salvador (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Tânia, Danielle Conceição Fernandes. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Míriam Ramalho, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 6 de março de 2021.