1932 - 2020
Amava sem medida, tinha o dom de guiar almas e virava mãe logo no primeiro abraço.
Quem é de Jesus normalmente tem uma vida comprometida em amar. Com Vó Terezinha não era diferente.
Era amor demais para uma pessoa só. Era tanto que transbordava e acolhia a todos que se aproximavam dela. Um amor sem distinção e limite. Seu único defeito: a incapacidade de deixar de amar.
Do mesmo modo que amava com facilidade e convicção, era também muito fácil de ser amada. Virava mãe no primeiro abraço.
Sua personalidade misturava gentileza angelical e austeridade matriarcal. Delicadeza e firmeza habitavam harmonicamente nela.
Não se dava muito bem com o volante, mas tinha o dom de guiar almas, de aconselhar, de educar.
Enfim, foram 87 anos de muita coragem, onde viveu, literalmente, guiada pelo coração e com o qual travou suas mais duras batalhas, mas, como é de se esperar das grandes guerreiras, resistiu bravamente a cada combate e, na hora chegada retornou ao Criador com o senso de dever cumprido e a certeza que deu o seu melhor.
Terezinha nasceu em Felixlândia (MG) e faleceu em Brasília (DF), aos 87 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Terezinha, Rafton Carlos Cipriano Almeida. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 8 de março de 2021.