1958 - 2020
O técnico de enfermagem cuja missão era ajudar o próximo.
Era conhecido como Jair Pagodinho porque adorava um samba. Não perdia uma feijoada na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, sua escola do coração. Aos finais de semana, se não estivesse trabalhando na UPA como técnico de enfermagem, estava com a família e amigos em volta da piscina, fazendo churrasco.
Foi no trabalho que ele conheceu sua paixão, Monique, com quem tinha a filha Eloá, de um aninho – ele também era pai de Jaqueline e Pedro. “Éramos cúmplices e amigos, um cuidava do outro”, conta Monique, que diz enfrentado preconceito pela diferença de idade - ela tem 36 anos - e por ele ser negro e ele branca.
Jair era extremamente dedicado ao trabalho, reconhecia que sua missão era ajudar o próximo. “Foi um ser humano ímpar, que não média esforço pra ajudar, sua vida era trabalhar e trabalhar”, conta Monique, que guardará as viagens “sagradas” que faziam todo mês de agosto para Paraty (RJ). “Quase não tínhamos tempo para viajar, mas íamos todo ano e lá vivemos momentos maravilhosos”.
Jair nasceu na Bahia (BA) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 61 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Ticiana Werneck, em 20 de julho de 2020.