1951 - 2020
Sempre esperou no amanhã um dia melhor.
A simplicidade era sua autenticidade. Seu bigode, juntamente com suas histórias, principalmente as de pescador ─ ele amava pescar ─, foram suas marcas registradas. Foi isso o que ele deixou aqui: muitas histórias, um legado de amizades e um amor sem fim pelo seu neto Miguel, que é autista, e até hoje não entende onde o vovô, que chamava de pai, foi parar.
Por onde passava, era notado. Partiu sonhando em ganhar na loteria e sua maior frustação foi não ter aparecido no Jornal da Globo, no quadro "O Brasil que eu quero no futuro". E ele acreditava no futuro. Sempre teve esperança que a vida iria melhorar, ao ponto de nem nos despedirmos, pois ele achava que voltaria para casa.
Em seu lugar, ficaram as boas lembranças e uma saudade sem fim, principalmente por parte do netinho Miguel.
Valdeolindo nasceu em Andradina (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Valdeolindo, Diego Vanina Moreno. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 23 de janeiro de 2021.