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Valdir Sales Magalhães

1967 - 2020

Futebol, religião e família eram as paixões do azulino Tedy.

Tedy do Leão, como era conhecido, tinha três paixões: a família, o Ver-o-Peso (seu trabalho) e o Clube do Remo. Em seus últimos anos, dedicou sua vida ao trabalho evangelizador no Terço dos Homens da Paróquia São Pedro e São Paulo, no seu amado bairro do Guamá, na grande Belém.

Trabalho este que lhe rendeu diversos relatos de amor e carinho a respeito das atividades desenvolvidas no grupo de oração, mas Tedy era um homem extremamente apaixonado por futebol e por sua família; aos domingos, era facilmente encontrado trajando a camisa do Leão de Antônio Baena com um churrasquinho e uma lata de cerveja na mão, em meio às dependências do estádio.

Tedy deixou uma lição de generosidade com os amigos, amor e simplicidade com os familiares e respeito com os que admiravam seu trabalho, seja no Ver-o-Peso velho de guerra, como o mesmo chamava, ou até mesmo no Terço dos Homens.

Deixa também seu filho Gabriel Medeiros, de 23 anos, azulino como o pai e Wal Medeiros, a esposa, com quem foi casado por cinquenta anos, que é torcedora do Paysandu, o maior rival do Remo de Tedy; mas o amor entre os dois era maior que a rivalidade, maior que o futebol e maior que as diferenças.

"Tedy era e sempre será o maior e melhor pai, marido e remista que essa família poderia ter", conta o filho Gabriel.

Valdir nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Valdir, Gabriel Medeiros Magalhães. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Lígia Franzin, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 20 de setembro de 2020.