1977 - 2020
DJ de Madureira, amava "Black Music" e, com seu incrível bom humor, estava sempre de bem com a vida!
Era o mais engraçado, o mais feliz e o último a se aborrecer com alguma coisa. Vinicius fazia a alegria de todos e, por conta de seu incrível bom humor, todos eram unânimes em dizer: "Esse vai ser o último de nós a morrer!"
Charmeiro de Madureira, era DJ e as músicas que tocava para alegrar as tardes de domingo traziam a essência da "black soul". Chamava James Brown de "pai" e, quando tocava uma do Mr. Dynamite, o rei do soul, todos comentavam: "Olha aí o pai!" A todos ele tratava como "Nego" e, quem não o conhecia ainda, acabava querendo conhecê-lo.
Trabalhava muito, com grande comprometimento e assim seguiu até seus últimos dias. Mas queria mesmo era seguir carreira militar. "Ele trabalhava um mês em um lugar e já era o suficiente pra fazer amigos pra valer", conta Jaqueline, a mãe de um de seus filhos e que se tornou uma grande amiga.
"Bebia sua cerveja e dizia: 'essa é a saideira, só pra relaxar!' Não precisava de muita coisa pra estar feliz, ele queria um carro que funcionasse, um pouco de dinheiro pra ajudar aqueles que ele amava e permanecer com a família dele. Não falava em sonhos altos — a não ser 'estar bem, ajudar aqueles que amava e ter paz pra curtir o que ele gostava'", diz Jaqueline.
Vó Midi, sua conselheira, era sempre um colo disponível para conversar. Vinicius era querido pelos filhos e continuará sendo muito amado por toda a sua família: o pai, a mãe, o irmão Vitor, a avó e seus filhos.
As caixas de som dele estão em silêncio agora e perdeu-se um pouco do charme da música que ele gostava de tocar.
Vinicius nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela amiga de Vinicius, Jaqueline da Silva Martins. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Lícia Zanol e moderado por Rayane Urani em 29 de novembro de 2020.