1949 - 2020
Um homem muito simples que gostava de coisas mais simples ainda. Levou riso, alegria e diversão por onde passou.
Vitor, Vitão, Vitinho... Essas foram algumas das faces do homem que foi esposo, pai, avô, bisavô, motorista de ônibus, empresário e também o Palhaço Batata do circo Guaraciaba.
Assistir aos jogos do Corinthians, ouvir modas de viola e comer um bom prato de arroz com feijão já eram motivos de felicidade para ele.
Pessoa especial que, mesmo não sabendo muito bem usar palavras de amor, era carinhoso e amava os filhos, netos, bisnetos e esposa através de atitudes e cuidados. "Conseguiu nos educar nos dando o seu melhor", afirma o filho Marcelo.
Por toda a vida dedicou-se ao trabalho, levando riso e muitas alegrias a todos que iam ao circo para vê-lo, seja como ator dramático, como músico ou ainda como palhaço.
"Uma vez, meu pai foi contratado por um amigo dele, que era mágico. Era uma apresentação de escola, eu era criança e fui acompanhar. Meu pai se apresentou como palhaço e seguiram-se outras performances. Logo após a exibição dele, convidaram a gente para comer canja. Fomos escondidos, pois a apresentação ainda não havia acabado. Assim que o show terminou, o amigo mágico nos levou a uma bela churrascaria com um buffet gigante e lá comemos bem pouco. O mágico achou que estávamos com vergonha, mas, na verdade, estávamos mesmo era saciados pela deliciosa canja que havíamos comido às escondidas na escola", relembra Marcelo.
Vitor foi o fundador da Cobre Festa, onde se dedicou e se empenhou para que muitos sonhos e alegrias fossem realizados para as pessoas. Seu grande desejo era fazer uma pescaria e conhecer o Pantanal mato-grossense.
"Pai, as melhores lembranças ficarão guardadas para sempre em nossos corações. Acreditamos que esteja muito feliz ao lado do Criador. Obrigado por tudo! Te amamos!", despede-se o filho.
Vitor nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Votorantim (SP), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Vitor, Marcelo dos Santos Carneiro. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 11 de fevereiro de 2021.