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Waldir Bittencourt

1962 - 2021

Homem generoso e alegre, entoava canções infantis para deleite de sua neta Alice.

Waldir foi capitão aposentado da Polícia Militar, no Espírito Santo. O filho, também chamado Waldir, relembra: “Exerceu a profissão com dedicação e disciplina: o cumprimento da ordem e das leis eram algo de extrema importância para meu pai”.

Foi pai ainda de Orlando, Izabelle e Gabriel. Waldir filho recorda: “Apesar de possuirmos inúmeras diferenças, o amor que sentíamos um pelo outro sempre falava mais alto. Volta e meia, recebia os seus telefonemas perguntando como eu estava e puxando assunto sobre quaisquer amenidades. Certamente, as ligações eram o seu modo pessoal de demonstrar amor e preocupação. Por termos opiniões bastantes divergentes, era comum debatermos sobre diversos aspectos da vida. Ele tinha uma relação muito próxima com o meu irmão mais velho, Orlando. Os dois se entendiam em poucas palavras. Temos o entendimento que não existe ponto final para o amor, porque amor é eternidade”!

Nas horas vagas, gostava de tocar sanfona. Inclusive, quando estava com a neta Alice, dedilhava com alegria a canção "Atirei o pau no gato". Isto tudo para contemplar o sorriso de felicidade da menina. Outra paixão era o Atlético Mineiro.

O maior ensinamento deixado por Waldir: ter olhos bondosos em relação à vida. Em cada ação, agir com generosidade. E seu filho deixa uma última homenagem: “Meu querido capitão, meu pai, lembranças de seus telefonemas. Saudades!"

Waldir nasceu em Água Doce do Norte (ES) e faleceu em Colatina (ES), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Waldir, Waldir Pires Bittencourt. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Thalita Ferreira Campos, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Ana Macarini em 21 de novembro de 2023.