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Waldomiro Scopel Filho

1964 - 2021

Era tão cuidadoso com os animais, que até um pombo ele ajudou a voar pela primeira vez.

Simpatia e alegria eram características marcantes de sua personalidade e contribuíram para sua popularidade na cidade em que morava. Sabia dar passos de dança muito diversificados, que atendiam a vários ritmos e puderam ser registrados através das filmagens feitas por seus amigos.

Sempre solícito e disposto a ajudar pessoas e animais, cuidou com carinho dos cães que viviam na rua, dos macaquinhos que passeavam por seu quintal e até mesmo dos pombos que viviam por lá: "Um deles aprendeu a voar com a ajuda dele", conta a filha, Bianca.

Motociclismo era uma de suas paixões e participava, muito animado, de um clube de nome Bodes do Asfalto. Gostava ainda de ouvir mantras e assistir a vídeos no celular. Bianca relembra, de forma divertida, que o pai afirmava “ter visto naves alienígenas sobrevoando a cidade”.

Waldomiro trabalhava com vendas, e iniciou sua carreira vendendo passagens e entregando encomendas numa agência da cidade, onde era conhecido como o “mirim da rodoviária”. Depois de aposentado, trabalhou com vendas de colchões magnéticos, sendo ele mesmo o responsável pelas entregas, o que o deixava bastante orgulhoso.

Ele foi “marido, pai e avô muito amado. O melhor que poderia ter sido", conta a filha. Bianca finaliza esta homenagem da forma como o pai costumava se despedir — "câmbio, desligo”.

Waldomiro nasceu em Linhares (ES) e faleceu em São Mateus (ES), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Waldomiro, Bianca Chiepe Scopel. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Hortência Maia, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 16 de outubro de 2021.