Walter de Almeida Fonseca

1932 - 2020

Era ótimo em contar e, principalmente, em inventar piadas. Fazia do equilíbrio o caminho da vida.

Walter era uma pessoa muito ativa e independente. Gostava de ser útil e de resolver situações, tanto que se aposentou "por obrigação", pois amava o trabalho ─ começou como motorista de ônibus e chegou à diretoria do sindicato ─ tinha necessidade de se ocupar.

Gostava de ir à missa e costumava abençoar cada um dos quatro filhos sempre que possível. "Apesar de já sermos todos adultos, ele ficava preocupado conosco e pedia a Deus para nos guiar, nos proteger, nos olhar... Sempre que estávamos juntos ele me abraçava, me beijava e me chamava de filhinha", conta Maria Angelica.

Contar fatos vividos durante sua juventude era gratificante para ele. Contava e recontava sua jornada repleta de histórias engraçadas e de batalhas que venceu para conquistar cada um de seus sonhos.

Walter não tinha sonhos grandes e gostava mesmo era de curtir sua casa. Sentia-se bem ali, rodeado dos filhos, netos, amigos e das árvores do quintal. Era muito querido e tratava todos com igualdade e respeito. Por onde passava, as pessoas faziam questão de cumprimentá-lo.

Para a filha, "Serenidade" deveria ser o segundo nome de Walter. "Ele passava a tranquilidade de um homem vivido, que não tinha pressa e sabia que o equilíbrio era o caminho certo", diz ela.

Walter criou filhos responsáveis, justos e íntegros, como ele sempre foi. O cara amoroso, brincalhão e muito engraçado deixou saudade nos tantos que amou e pelos quais foi tão amado. "Quando olhava pro meu pai, eu via um homem de coração puro e de muita fé. Foi o melhor pai que poderíamos ter tido", conclui Maria Angelica (em nome dela e dos irmãos Cosme, André e Carlos Eduardo) com gratidão pela oportunidade de terem sido filhos de Walter.