1965 - 2021
Padeiro, pai, companheiro e amigo. Um brincalhão de coração bom e justo.
Walter levou a vida com leveza e muita garra. Era dono de uma padaria, seu orgulho e uma de suas maiores conquistas, lá trabalhou por quase quatro décadas.
Acordava cedo, dava tudo de si para sustentar a família, sempre visando seu conforto e bem-estar.
Foi marido zeloso e pai exemplar, buscava cuidar dos filhos com muito amor e carinho. Os sonhos de Walter eram quase tão grandes quanto seu coração. Alguns pôde realizar, outros vivenciou a realidade dentro de si.
Fazia planos de se aposentar, passar o negócio da família para frente e aproveitar a vida, descansar, viajar e conhecer um pouco mais do mundo. Talvez sonhasse com a calmaria do mar e de lugares tranquilos, "sombra e água fresca". Faltava tão pouco...
Gostava de ouvir as músicas de Zeca Pagodinho e das sensações que elas traziam. Liberdade, alegria, cores e risos.
Tinha o hábito de dormir no sofá sempre que chegava do trabalho. Mas o que mais amava eram as comidas que a esposa fazia. Estar em família era libertador e, ao mesmo tempo, acolhedor e reconfortante.
Das coisas que mais fazem lembrar Walter, o cheiro de pão fresco, quentinho, saindo do forno, a honestidade e o seu bom coração são as que prevalecerão.
A passagem por essa vida o apresentou ao mundo para que ele seja encontrado na eternidade através do amor que emanava. O céu deve estar em festa, assim como os corações que se deixaram cativar por sua presença.
Walter nasceu em Santos (SP) e faleceu em Santos (SP), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Walter, Nathália Costa Etinger dos Santos. Este tributo foi apurado por Lila Gmeiner, editado por Leiana Isis Oliveira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de fevereiro de 2021.