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Weliton Luiz Maia das Virgens

1958 - 2021

Com musicalidade e devoção atuou de forma exemplar em sua comunidade religiosa.

Weliton era apaixonado por filmes e pela Música Popular Brasileira. Possuía uma coleção de discos e dizia que a música atual "não era música". Para ele, música boa era com Caetano Veloso, Gil, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Alceu Valença sua mania era o violão com o qual alegrava os encontros da família sempre regados com suas cantorias. Em casa, quando não tinha nada para fazer, era o violão que preenchia seu tempo livre.

Filho de Manoel e Consuelo e irmão de Adelson. Os dois cresceram juntos, cheios de histórias, rodeados de primos e amigos. Casado com Ana Rita, que conheceu ainda muito jovem em Alagoinhas, viveu uma linda relação de lealdade e companheirismo que durou trinta e oito anos. Tiveram os filhos Mariana e Rafael, os netos “pelos quais era doidinho” Bernardo, Maria Rita e mais um de coração, o Joaquim, que era filho da sua irmã também de coração, a Tatiana. Além do genro Rafael e da nora Gabriela, tinha uma grande família que o considerava demais e que, com sua partida, morre de saudade da sua generosidade e alegria.

Pai exemplar, marido e amigo fiel, alguém que só deixou lembranças boas e de muito carinho. Sua forma de levar a vida chamava a atenção porque era difícil vê-lo triste e ele é lembrado o tempo todo por seu lado divertido e por seu sorriso constante.

Com seu jeito baixinho e carequinha (como era chamado pelo neto), possuía muitas características e, as de maior destaque, eram a resiliência, o otimismo e a fé que conservou até o final da vida, mesmo nos momentos mais difíceis.

Era católico fervoroso e, junto com Ana Rita, serviu a Igreja por muitos anos atuando ativamente nos projetos e Pastorais da Família e de Batismo, encontros de noivos e de casais, frequentando as missas semanais e, assim, se tornaram um casal muito querido por todos.

Para sobreviver, antes de ingressar no serviço público, fez muita coisa. Trabalhou em uma empresa privada por muitos anos e, quando se viu desempregado, correu atrás de muitas outras possibilidades fazendo transporte escolar, filmagens em eventos e teve até uma barraca de praia. Ele era administrador e seu último trabalho foi no serviço público onde exerceu atividades no setor de pregões até se aposentar.

Fica registrado com destaque o quanto Weliton era amado por todos e que deixou uma saudade imensa.

Weliton nasceu em Catu (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 62 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Weliton, Mariana Peixoto das Virgens Botelho. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Vera Dias, revisado por Emerson Luiz Xavier e moderado por Rayane Urani em 16 de junho de 2021.