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Wilson Pereira Lourenço

1945 - 2020

Em seus aniversários, cantavam o hino do Vasco na hora do parabéns. O carioca foi vascaíno desde sempre.

As pessoas os chamavam de "Paizão" porque Wilson abrigava uma enorme necessidade de cuidar do outro.

Ele enxergava prazer em colaborar e ser amigo. Acreditava que a esperança do mundo era a gentileza. Incapaz de deixar quem quer que fosse na mão, não desistia de ninguém. Muito pelo contrário: ele dava o braço a torcer por todos que amava e os ajudava como podia. E mesmo que não pudesse, ajudava também. Foi assim que aprendeu a demonstrar carinho.

Começou a trabalhar com 13 anos, como entregador de livros, levando conhecimento e narrativas a lugares inesperados. Posteriormente, tornou-se empresário no ramo das tintas. Coloriu um bocado de gente. Acreditou na vida e em seus sonhos. Pouco antes de partir, conseguiu realizar o maior deles: conheceu Portugal.

Paizão, "sua estrela na terra a brilhar" hoje ilumina o céu. Seus familiares e amigos sentem a falta que você faz.

Obrigada por ter sido amigo, avô dedicado, irmão companheiro, padrasto atencioso, tio e padrinho carinhoso.

Wilson nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Wilson, Simone Pereira dos Santos. Este tributo foi apurado por Marcelo Dettogni, editado por Vitória Freire, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 11 de junho de 2020.