1962 - 2020
Uma nordestina firme; alfabetizou os irmãos e as filhas.
Tinha um verdadeiro coração de mãe, no qual cabiam os filhos sanguíneos e todos os outros que apareciam ao seu redor. Zenilde, que conheceu a quarta neta há cerca de um mês, era também avó de coração de muitos que viviam perguntando se poderiam chamá-la de vó.
Sempre muito preocupada com a família, antes de ser entubada, pediu à enfermeira que avisasse as filhas que estava tudo bem. Costumava dizer que não podia morrer, pois afinal, quem cuidaria de suas filhas? "Se perguntarem para qualquer um o significado dela, todos diriam que era mãe!", lembra a filha Amanda.
Era uma artesã impecável e costureira muito delicada em seus trabalhos. Possuía muita fé e era devota convicta de Nossa Senhora.
Tinha como lema de vida o acolhimento. Dizia que devíamos gostar de todos, independentemente de quem fosse, e não somente se ele fosse bom. Uma mulher forte, que deixa muitas lembranças e saudades.
A história do marido de Zenilde, que também foi uma das vítimas da Covid-19 no Brasil também está guardada neste memorial, e você pode conhecê-la ao procurar por Adilson Pereira da Silva.
Zenilde nasceu em Pernambuco e faleceu em São Paulo (SP), aos 58 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Zenilde. Este tributo foi apurado por Phydia de Athayde, editado por Mariana Coelho, revisado por Rosana Forner e moderado por Rayane Urani em 26 de janeiro de 2021.