Ziláh da Silveira Moraes

1938 - 2021

Doce, de riso fácil, tudo para ela virava brincadeira.

O amor em forma de gente. Seu olhar, cheio de amor, trazia paz e segurança para a alma.

Vaidosa e com cabelos brancos como as nuvens, Ziláh esbanjava elegância com seus vestidos impecáveis e seus saltos altos, que usou até seus oitenta e poucos anos.

De riso fácil, tudo para ela virava brincadeira. Os “causos” que adorava contar sempre rendiam muitas e boas gargalhadas. Da mesma forma, todos amavam fazê-la rir. Seu sorriso tornou-se uma de suas maiores lembranças.

Foi casada durante 63 anos. Como esposa, era amiga e companheira de todas as horas. Era considerada um exemplo para muitos casais.

Seu ventre gerou quatro filhos. Ela também escolheu tornar-se uma mãe sem igual para uma neta.

Em relação à sua experiência de maternidade, uma história que divertia a todos era quando ela dizia que a filha Tainá havia saído da cicatriz proveniente de uma cirurgia de vesícula. A filha retrucava: “Não importa de onde saí. Sou parte dela, e ela de mim”. Para Tainá, a afetuosidade da mãe marcava sua personalidade de diversas formas: “Ela tinha um cheiro doce, o meu preferido, e sempre foi doce comigo”.

Segundo conta Tainá, muitas histórias foram marcantes com sua mãe. Uma delas era de quando era criança e tinha medo de dormir sozinha. Ziláh se deitava na pequena cama da filha, com a metade do corpo para fora, até que ela pegasse no sono. “Todo mundo dizia para ela não me acostumar assim, mas ela nunca me deixava só, era meu porto seguro”, conta Tainá.

Ziláh era um exemplo de fé. Amava a Jesus e, sem jamais esmorecer, seguia seus passos. Sua última frase foi: "Vou descansar, Jesus está comigo". A lembrança desta frase tem sido o consolo da família. Ela partiu para os braços de Jesus, deixando todos com saudades dos seus abraços.