1964 - 2020
Era apelidada de Bitinha, mas poderia ser Flor. Tinha cheiro de flor. Era alegre e bonita como uma.
Bitinha, como era conhecida por todos, não gostava muito do nome de batismo, preferia o apelido. Era divertida e brincalhona. Fazia de qualquer evento, uma piada, e estava sempre alegrando todos a sua volta.
Tinha um pequeno comércio em Peri Mirim, no Maranhão, e tratava todos os funcionários como velhos amigos de farra. Mãe de um casal de filhos, ela e a filha se vestiam iguais em várias ocasiões, tamanho o amor e união que nutriam uma pela outra. Aparentemente, não lhe faltava nada. Sentia-se realizada com o que possuía. Bitinha carregava Deus no coração, junto com o amor de todos que a cercavam.
Mulher excepcional, ótima amiga, mãe maravilhosa, avó incrível, e ex-mulher divertida. Ela e o ex-companheiro se separaram, mas continuaram amigos. Quando alguma pessoa estava com dificuldades, era a ela que recorriam. Padres e pastorais sempre tinham, na doce Bitinha, uma tábua de salvação.
Era bem-humorada e estava sempre feliz com a vida. Fará falta em tudo e a todos. Enquanto o reencontro não vem, Bitinha enfeita o Céu com seu cheiro de flor.
Florentina nasceu em Peri Mirim (MA) e faleceu em Pinheiro (MA), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela amiga de Florentina, Lucia Helena Nobre Barros. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Bárbara Aparecida Alves Queiroz, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 18 de agosto de 2020.