1962 - 2020
Carlos Carioca foi um ser humano inigualável. Sua vida daria um livro.
Ninguém chamava José Claudino pelo nome de batismo. Entre os muitos amigos, colegas e família, ele era "Carlos Carioca": não porque tivesse nascido no Rio de Janeiro, mas porque o jeito leve, o gosto pelas cores fortes, a voz marcante e o timbre alto marcaram-no com esse jeito de personagem inesquecível.
Foi bibliotecário, radialista, jornalista, secretário de Turismo e produtor de eventos. Viajou todo o Brasil, morou em muitas cidades. Na juventude, em São Paulo, usando cabelo black power e calças boca de sino, dançava samba-rock como ninguém. Amava o mar e fincou raízes no litoral de Pernambuco. Entre os sonhos realizados, estava o de ter uma família grande: deixa sete filhos e 32 netos, que só têm coisas boas a dizer sobre o pai e avô.
Era um homem de fé. Veio do nada. Foi um menino pobre, órfão de pai, vindo de família carente. Soube crescer na vida e se tornou um homem cercado de boas amizades e da família.
Carlos tinha acabado de aprender a pescar e planejava viajar a São Paulo para, após se recuperar, visitar os filhos, os amigos e o santuário de Nossa Senhora de Aparecida, de quem era devoto.
Além das enormes saudades, deixa a certeza de que viveu uma vida feliz e intensa.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de José, Ana Patrícia Carvalho dos Santos. Este tributo foi apurado e escrito por Jornalista Gaia Passareli.
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José Claudino, também conhecido por Carlos Carioca ou Carlinhos, foi secretário de turismo e produtor de eventos, casou-se por duas vezes e teve sete filhos, por quem era apaixonado: o Edson, o Diego, o Ricardo, o Carlos André, a Luma Caroline, a Yasmin e a Bianca.
Sempre muito alegre, tinha uma risada sem igual. Amava um churrasco e ver a família e amigos reunidos.
“As minhas maiores e melhores lembranças são ao lado dele , pois sua maior felicidade era nos ver felizes. Guardarei comigo até o último dia da minha vida as muitas coisas que vivenciei e aprendi com ele. Meu eterno Amor. Meu pai, o meu Herói!”, diz a filha Yasmin.
Um homem humilde e de bom caráter, adorava dançar e viajar. Sua presença era marcante, dava tudo para estar em família. Sua alegria era contagiante.
"Beijo filha, pai te ama!", essas foram suas últimas palavras dirigidas a filha Yasmin, através do telefone.
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Apaixonado pela família, sempre lutou para que todos estivessem bem. Amava ver todos juntos, tinha uma risada alta e adorava fazer festas.
Apesar do pouco estudo que teve, vencer na vida foi sua meta e conseguiu. Foi um verdadeiro vencedor, jamais se entregou às dificuldades.
“Disse que eu sou um homem melhor que ele! Nunca vou ser melhor que ele!”, lembra o filho Diego.
José nasceu em Goiana (PE) e faleceu em Paulista (PE), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelos filhos e esposa de José. Este texto foi apurado e escrito por Lucas Cardoso, revisado por voluntário e moderado por Rayane Urani em 1 de junho de 2020.