1945 - 2021
Homem íntegro e justo, com um coração bondoso, estava sempre disposto a ajudar o próximo.
Viveu para espalhar o amor, a paz, e a solidariedade. Foi um dos melhores no ramo.
Trabalhando na Brigada Militar, construiu uma brilhante e íntegra carreira, digna de prêmios e medalhas. Amava o trabalho, tinha muito orgulho da profissão que escolheu para si. Era honesto e tinha um caráter brilhante. Teve muito sucesso na vida profissional porque fazia o que amava, e amava o que fazia.
Perdeu o pai muito cedo, por isso tomou para si a responsabilidade de cuidar do lar e da família. Começou vendendo bananas e aos poucos foi construindo sua vida e sua independência, sem nunca se esquecer da família tão querida e amada da qual fazia parte. Batalhador, aos 18 anos de idade já tinha a própria casa e começava a constituir a própria família.
Educou as filhas com um pouco da rigidez militar, sem nunca deixar de ser presente, amoroso e carinhoso como pai. As filhas tinham muito orgulho e respeito por Delmar, a quem tiveram a sorte e o privilégio de chamar de pai.
Quando vieram os netos, os mimos e os afetos se estenderam ainda mais. A tradição de preparar feijão no fogão a lenha retornou e, quando isso acontecia, os pratos ficavam cheios de feijão que tinha gostinho de amor. Todo mundo amava essa receita especial. A família se reunia sempre que possível, se falava com frequência, mas o amor era permanente.
Sempre foi generoso com o outro. Fazia trabalhos voluntários em casas geriátricas e, com sua bicicleta, distribuía café e sanduíches aos moradores de rua da cidade onde vivia. Delmar sempre fez o bem a todas as pessoas que pôde ajudar, servindo de exemplo para muitos de como levar uma vida discreta e humilde, mas muito bondosa e repleta de amor. Conhecidos e desconhecidos, parentes e amigos, sempre ajudou. Delmar era feito de bondade, da cabeça aos pés.
Era líder em um centro espírita e acolheu muitas pessoas que por ali passaram precisando de amparo. Sempre tinha uma palavra sábia, um conselho valioso, um lanche gostoso. Delmar dizia sempre que "temos que disseminar o amor e não julgar, apenas estender a mão a quem por nós passar". Acolheu muitas almas e intercedeu por todas elas, sem distinção. Tinha muito orgulho da pessoa que se tornou. E não era o único.
Aqui, os amigos e familiares sentem saudade todos os dias. Sem Delmar, o mundo perde um pouco de brilho, muita bondade e um belo exemplo. Perde um grande militar, e um homem maior ainda. Mas o desencontro é apenas temporário. Quando for a hora certa, se reunirão novamente e poderão ouvir as piadas que só Delmar sabia achar graça. Além disso, ele é eterno. Viverá para sempre nas boas atitudes que deixou de exemplo para os que amava.
Delmar nasceu em Porto Alegre (RS) e faleceu em Taquara (RS), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Delmar, Eliane de Cassia de Quadros Souto. Este tributo foi apurado por Hélida Matta , editado por Bárbara Aparecida Alves Queiroz , revisado por Acácia Montagnolli e moderado por Rayane Urani em 21 de março de 2021.