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Abel Jorge Cassimiro

1943 - 2020

Foi um pai e avô que, mesmo distante, se fez presente na vida e nas lembranças da família.

Era nas feiras de Caruaru que Abel Jorge vendia sorvetes e contagiava todos com a sua típica alegria.

Ele gostava de trabalhar tanto quanto de assistir à missa e ao seu programa de forró preferido. E gostava mais ainda de caminhar pelas ruas, conversando e brincando com "todo mundo". Era também sem fazer distinções que Abel Jorge ajudava aqueles que necessitavam do seu apoio.

Dedicado aos seus, fazia de tudo por eles. "Como pai, foi espetacular, e como avô, muito amoroso", descreve a neta Ana Celia, que prossegue: "Embora a distância o impedisse de estar presente em nossas vidas, o seu maior sonho era ter todos os familiares por perto".

As lembranças felizes que Abel Jorge deixa são frutos do bom relacionamento com o trabalho e a família.

"Com ele, tudo era sempre engraçado. Uma vez, enquanto viajávamos, uma aeromoça recomendou que ele se sentasse a seu lado para que não passasse mal, então ele me falou que iria dizer a ela que estava com medo, só para poder ficar mais pertinho ainda", relembra – aos risos – a filha caçula Isabella. Ela também diz, sobre o pai: "Ele foi, nesta Terra, um homem que muito amou a sua família".

"A mania dele era nos fazer sorrir", conta Ana Celia, que acrescenta, sobre quem muito despertou sorrisos: "Não houve uma pessoa sequer que não tenha chorado com a sua partida".

Abel nasceu em Bezerros (PE) e faleceu em Caruaru (PE), aos 76 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta e pela filha de Abel, Ana Celia Martins Alves e Isabella. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Luciana Fonseca, revisado por Otacílio Nunes e moderado por Rayane Urani em 19 de setembro de 2020.