1947 - 2020
De picolé a chocolate, nada era tão doce quanto o sentimento de Seu Adeildo pelos netos.
Foi o herói do único filho, Paulo; e o primeiro amor de Renata, Marcelle e Ana Mércia, suas três filhas.
Para quem o conheceu, nunca houve dúvidas sobre o seu coração gigante - característica vista, facilmente, no seu gosto em ajudar, não importando quem fosse ou em quais condições estivesse.
Acordava sob o brilho do sol, às cinco da manhã. Caminhava e fazia exercícios antes de ir trabalhar na padaria. Esteve sempre de pé, enfrentando as maiores batalhas.
Nunca deixou de torcer pelo time do coração vermelho: o CRB. Apesar disso, ele gostava mesmo era da cor azul, mesmo sendo esta a cor do seu time rival.
Do futebol aos amigos e a família, seus ensinamentos, exemplos e lições continuam vivos e coerentes para quem pôde conviver com ele.
Além de pai amado, torcedor apaixonado e homem querido, era o avô que levava os netos para se esbaldarem nas guloseimas da panificação: de picolé a chocolate, nada era tão doce quanto o sentimento de Seu Adeildo pelos pequenos - era o xodó dos netos.
O pai exemplar, o avô amoroso, o torcedor fanático e o amigo da clientela será lembrado com amor por aqueles que desfrutaram de sua presença.
Adeildo nasceu em Correntes (PE) e faleceu em Maceió (AL), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Adeildo, Renata Pais. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Nathaly Oliveira de Almeida Correia, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 18 de junho de 2020.