1936 - 2020
"No escurema do cininho...”, dizia ele, o trocador de sílabas.
Adélio trocava a ordem das sílabas como ninguém. Certo estava ele. Maçante falar as palavras sempre igual, sempre igual. Legal é variar, misturar tudo e inventar novas palavras. Quem não quiser que não entenda! A sobrinha Daniele sempre achou divertidíssimo.
Era uma pessoa da paz. Engraçado, espiritualizado, dono de um coração de criança e uma fonte inesgotável de alegria. “Foi um tio maravilhoso, que sempre me fez sentir em casa. Guardarei com carinho nossas conversas e risadas na hora do cafezinho”, diz Daniele.
Adélio nasceu em Piranga (MG) e faleceu em Niterói (RJ), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Ticiana Werneck, a partir do testemunho enviado por sobrinha Daniele M. Electo de Paiva, em 22 de julho de 2020.